Uma relação pode ser muito abalada pelos problemas financeiros. Por vezes, as diferenças em termos de filosofia financeira começam a criar problemas algum tempo depois de o amor ser ofuscado com os problemas de dinheiro.
Por vezes, um gosta de ir às compras e gastar sem pensar como se vai pagar, outro gosta de refletir sobre qualquer compra, mesmo a compra do pacote de arroz no supermercado, e os conflitos e discussões sobre o tema sensível do dinheiro não tardam a surgir. Por vezes, um elemento do casal chega a esconder do outro as suas decisões de compra com medo da recriminação.
Deixem de discutir sobre dinheiro, sigam os conselhos seguintes e coloquem a vossa relação menos dependente do dinheiro.
Aceitem os distintos pontos de vista
O dinheiro significa uma grande parte de poder e controlo, e a forma como um casal o gere é o reflexo de como se vê como casal. E como ganhar ao dinheiro sem perder ao amor? Por vezes o gastador atrai-se por um poupado, no sentido quase de salvação. Porém, o gastador pode começar a ressentir-se com o poupado. Compreenderem a vossa dinâmica de casal é um bom indício para resolverem o problema: quando aceitarem o ponto de vista um do outro começa a ser mais fácil perceberem que não existe punição de uma das partes, mas sim ajuda.Marquem uma conversa
Desliguem a TV e conversem. A maior parte das vezes os casais só conversam sobre dinheiro durante as discussões. Marquem uma hora e um dia para conversarem sobre dinheiro; não para passear ou para ver TV, apenas para falarem assertivamente sobre assuntos relacionados com o dinheiro. Decidam ambos um bom dia para conversar, para que de repente não soe a uma decisão de apenas uma das partes, e desta forma ambos têm a oportunidade de pensar sobre o assunto antes de o conversarem.Digam como se sentem em relação ao dinheiro
Sentem-se, e conversem sobre diversos pontos como: como é que ambos gostavam de estar financeiramente de forma realística, como se sentem em relação à vossa situação financeira, quais os segredos que esconderam, qual a real situação financeira, tudo. Vejam quais são as poupanças que têm, as dívidas, os empréstimos, e qual o rendimento. Cada um fala na sua vez, e nenhum deve interromper, isto é um trabalho de equipa e não uma forma de ver quem é que tem mais razão, ou quem ganha a discussão, e acima de tudo oiçam-se um ao outro! Se querem resolver os problemas é necessário que de facto se oiçam um ao outro.Falem sobre o passado
A forma como cada um lida com o dinheiro tem, na maioria dos casos, a ver com a forma como os pais lidavam com o dinheiro. Muitas vezes antes de viverem uma vida a dois não pensaram ser fundamental ou até romântico conversarem sobre dinheiro: grande erro! Durante a conversa falem acerca de como é que os pais de ambos lidavam com o dinheiro: se um tinha uns pais onde apenas o pai trabalhava e a mãe ficava em casa, ou se outro tinha ambos os pais a trabalhar e a mãe era a que ganhava mais dinheiro, gerindo o orçamento familiar com mão de ferro. Se um de vocês vem de uma família onde o dinheiro sempre foi escasso, pode ser o seu passado que lhe diz que tem de estar sempre atento e preocupado para que nunca falte dinheiro, e portanto goste bastante de poupar. Ao conhecerem as histórias um do outro ajudará a compreender o comportamento de cada um e a sentirem empatia um pelo outro. O passado é apenas o passado, mas ao verbalizá-lo pode ajudar a ultrapassá-lo e a caminhar melhor para o futuro.Concordem em fazer um contrato
Como objetivo da conversa deve estar um contrato no qual deve ficar definido o que fazer e como agir sobre o dinheiro em todas as situações. Previamente, concordem também que não vão resolver um problema financeiro com uma das partes a sentir-se ressentida ou zangada. Assim sendo, devem fazer um contrato escrito e decidido por ambos. Escrevam um documento que ambos assinam, e que independentemente da percentagem do rendimento que cada um contribui mensalmente, ambos decidem igualmente como o gastar.Isto significa que ambos devem conversar de forma calma, sem gritos ou sem acusações, apenas baseados na racionalidade de cada decisão de gasto, mesmo sobre as coisas mais pequenas como as compras do supermercado. Decidam e escrevam qual a decisão tomada em relação a cada item e tipo de gasto. Se não conseguirem concordar em alguma parte dos gastos ou sobre a forma como se gasta o dinheiro, não podem gastar esse dinheiro até que ambos cheguem a um compromisso de como o fazerem consensualmente e com ambos a concordarem amigavelmente.
Para isto é necessário uma grande dose de negociação, por isso, passem algum tempo a pensar em soluções, e nada de acusações de que um contribui mais que o outro, ou que gasta mais do que o outro. Se um de vocês propuser uma decisão que o outro não goste, deve deixar a pessoa terminar a sua ideia e depois contrapor com uma solução que considere melhor. Se não chegarem a um consenso, conversam sobre isso num outro dia.
Façam um plano de gastos
Depois de terem o modo de funcionamento das finanças em curso – plano decidido – têm de dar conta dos números reais: o que entra e o que sai todos os meses. Um plano de gastos é apenas uma forma simples de registar num papel os gastos, fazendo uma simulação para que não gastem mais do que recebem.Comecem por registar os custos fixos (água, luz, gás, renda da casa, leasing do carro, custos no supermercado, dívidas do cartão de crédito, etc.). Somem o que recebem e subtraiam as despesas fixas, depois subtraiam as despesas variáveis (roupa, ginásio, TV cabo, etc.). Se não têm noção de quanto gastam, esperem um mês e durante esse tempo assentem todas as despesas que fizeram, mesmo até o café que bebem diariamente depois do almoço – no final do mês verão o quanto vai para quê e quanto podem poupar.
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