Os membros das classes mais abastadas têm mais probabilidade de mentirem, enganar e quebrar leis, comparado com pessoas de classes menos favorecidas, revelou um novo estudo.
A equipe liderada pelo Dr. Paul Piff, pediu que vários grupos de pessoas com diferentes origens sociais realizassem uma série de tarefas destinadas a identificar características comportamentais, tais como honestidade e a consideração pelo próximo.
“Estar em uma classe social mais elevada – por nascimento ou realização – tinha uma relação de causalidade com o antiético nas tomadas de decisões ”, concluíram os cientistas.
Dr. Piff comentou que ter uma posição social elevada, provoca “auto-foco” em padrões de comportamento sobre aqueles com origens modestas. As pessoas mais simples financeiramente eram mais conscientes com os outros e melhores na identificação de emoções do próximo. Segundo ele, os resultados parecem corroborar os ensinamentos de Aristóteles, Platão e Jesus, sobre o fato da cobiça ser a raiz do comportamento antiético.
“Por um lado, pessoas de classe baixa vivem em ambientes definidos pelos poucos recursos e mais ameaças de incertezas. É lógico, portanto, que os indivíduos de classe baixa podem ser motivados a se comportarem de forma antiética para aumentarem seus recursos ou superarem desvantagens, mais o contrário é observado”
“Uma segunda linha de raciocínio, sugere a previsão oposta: a saber, que a classe alta pode estar disposta a ser antiética. Maiores recursos, liberdade e independência dão origem ao auto-foco social com tendências cognitivas, o que pode facilitar o comportamento antiético”.
“Observações históricas dão credibilidade a esta idéia. Por exemplo, a recente crise financeira tem sido atribuída, em parte, às ações antiéticas dos ricos. Ensinamentos religiosos exaltam os pobres e os ricos admoestam afirmações como: vai ser difícil para um rico entrar no reino dos céus”, concluiu o Dr. Piff.
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