sexta-feira, 8 de junho de 2012

Código de barras nos humanos?


Implantes de microchips têm se tornado prática comum entre donos de animais de estimação, mas esbarra numa polêmica quando a ideia é cogitada para seres humanos.
Há algumas semanas, a autora de ficção científica Elizabeth Moon levantou o assunto durante entrevista a um dos programas de rádio da BBC.
“Eu insisto na ideia de que todo indivíduo deveria ter uma identidade única anexada permanentemente – um código de barras, se preferem assim – um chip implantado que seria uma maneira fácil e barata de identificar pessoas”, declarou ela.
Elizabeth acredita que as ferramentas mais comuns usadas para vigilância e identificação – como câmeras de vídeo e testes de DNA – são lentas, caras e ineficientes. O código de barras economizaria tempo e dinheiro.
“A proposta de Elizabeth não é tão absurda – é tecnicamente possível a implantação do tal código de barras humano – mas isso violaria nossos direitos de privacidade?”. Essa é a pergunta do jornal “New York Daily News”.
O tema é polêmico. Opositores da ideia dizem que deixar de lado o anonimato poderia nos levar a uma espécie de sociedade “Orwelliana”, na qual todos os cidadãos são rastreados. “Ter o registro de tudo o que você faz ou de todos os lugares em você vai é algo assustador”, diz Stanley, analista político da União Norte-Americana das Liberdades Civis. “Uma vez que deixarmos os governos meterem o nariz em nossas vidas… vamos rapidamente deixar de ter privacidade”.
Segundo o “New York Daily News”, há diversas maneiras eletrônicas para rastrear pessoas.
Em 2002 um chip de identificação chamado “VeriChip” foi aprovado pela “Food and Drug Administration” (o órgão governamental americano que faz o controle de alimentos, medicamentos, cosméticos e equipamentos médicos). O dispositivo poderia ser implantado no braço. Quando escaneado, mostraria um número de 16 dígitos com todas as informações sobre o usuário. Mas em 2010 a produção foi abandonada em meio a preocupações sobre privacidade e segurança. Cientistas e engenheiros ainda não desistiram da ideia.
Desde 2006 os novos passaportes americanos incluem etiquetas de identificação por rádio-frequência que armazenam todas as informações ali contidas – inclusive uma imagem digital do portador.
Há também milhares de companhias em todo o mundo que vêm desenvolvendo maneiras de integrar o homem e a tecnologia. Uma delas, a “MicroCHIPS” inventou um chip que permite que o paciente receba doses de medicamentos sem tomar injeção. Já a “BIOPTid” patenteou um método não-invasivo de identificação chamado justamente de “código de barras humano”.
Os que são a favor da ideia declaram que sistemas eletrônicos ajudariam pais a monitorarem seus filhos e até idosos. Os chips poderiam ser usados como uma maneira de ter acesso fácil a informações sobre a Medicina.
Mas também há preocupações quanto à ação de hackers. Se os computadores já são vulneráveis, imaginem se alguém acessa e sabota seu chip pessoal?

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