sábado, 25 de agosto de 2012

Quase famosos - Parte II

Pediu para sair da Apple

Ao lado de Steve Jobs e Steve Wozniak, Ronald Wayne fundou a Apple em 1976. Ele desenhou o primeiro logo da empresa e escreveu o manual de seu primeiro computador. Mas, duas semanas depois, se arrependeu. Vendeu sua parte por US$ 800 (equivalentes a US$ 3 000 em valores de hoje). Wayne tinha ido à falência com outras empresas, 5 anos antes, e ficou com medo de que isso acontecesse de novo. Jobs e Wozniak chegaram a ir atrás do sócio e insistiram para que ele voltasse, mas não adiantou. A Apple se transformou na maior empresa do mundo, com US$ 428 bilhões de valor no mercado. Wayne? Fez carreira na Atari e em outras companhias de tecnologia e chegou a patentear várias ideias de gadget, mas nunca teve dinheiro para transforma-las em produtos de verdade. Hoje, dedica-se a comprar e vender selos e moedas raras.
 

O criador do som portátil

Lançado em 1979, o Walkman fez um sucesso inimaginável, a Sony vendeu 186 milhões de unidade do aparelho, que virou ícone cultural. Mas sua verdadeira história começa antes. Em 1972, o teuto-brasileiro Andreas Pavel criou o Stereobelt: um toca-fitas portátil com saídas para fones de ouvido. Ele diz ter apresentado o produto a empresas como Yamaha e Philips, que recusaram. Pavel decidiu patentear sua invenção na Itália em 1977 e nos EUA, na Alemanha, na Inglaterra e no Japão em 1978. "Eu achava que em um ano já estaria produzindo o aparelho", declarou ao jornal The New York Times. Não deu tempo. Em 1979, a Sony lançou o Walkman. Pavel processou a empresa, numa luta que se arrastou até 1996 - quando a patente foi acumulada ele teve de pagar os custos dos processo, US$ 3 milhões. "Perdi muito tempo e dinheiro e no fim perdi o processo também, de forma injusta", diz. Ele não desistiu e afirmou à Sony que iria entrar com novos processos em vários países. Em 2003, a empresa acabou fazendo um acordo extrajudicial com Pavel, que ganhou uma indenização. Ele não revela o valor, mas a quantia é estimada em alguns milhões de dólares. Hoje, Pavel desenvolve alto-falantes e um novo tipo de telefone.
 

Inventou o Google, mas não levou

Em 1997, Hubert Chang conheceu Larry Page e Sergey Brin, os criadores do Google. Os três estudavam na Universidade Standford foram apresentados por um professor e começaram a tocar um projeto juntos - PageRank, sistema de classificação de sites que é a base tecnológica da Google. Alguns messes depois, Page e Brin perguntaram a Chang se ele queria que seu nome fosse incluído no projeto, que seria apresentado em uma coferência. E Chang disse não. Foi uma decisão incrivelmente burra, mas que na época não parecia: ele precisava terminar seu doutorado e não teria tempo para se comprometer com o projeto, no qual não acreditava muito. Chang continuou na universidade, onde concluiu seus estudos em 2003. Quando o Google já havia se transformado em superpotência, em 2007, ele finalmente veio a público reinvidicar a coautoria. Não deu em nada. Page e Brin negaram solenemente que Chang tenha participado. "Além da minha palavra, só tenho como prova os e-mails que troquei com o professor que me apresentou a Page e Brin. Infelizmente, o professor faleceu. O meu reconhecimento nunca virá", admite Chang. Ele se mudou para Hong Kong, onde trabalha para empresas de tecnologia.

A um passo de Hollywood

Em 1966, Burt Ward era um ator de sucesso: ele fazia o papel de Robin na série Batman, bastante popular na Tv americana. Em 1967, foi convidado para representar o personagem Benjamim Braddock no filme "A Primeira Primeira Noite de um Homem". Ward preferiu ficar apenas como Robin. Foi uma aposta errada: a série parou de ser produzida em 1968. E aquele papel no cinema, que Ward tinha recusado, foi para um rapaz chamado Dustin Hoffman - que deu um show, foi indicado ao Oscar de melhor ator e se tornou um dos maiores astros de Hollywood. Ward fez mais de 30 filmes, mas só produções de baixo orçamento.

Quase um popstar

 
Em 1982, Claudio Tognolli estudava jornalismo na mesma classe em que Paulo Ricardo - que tinha uma banda chamada Pif-Paf. Paulo Ricardo foi trabalhar em Londres. Ao voltar, chamou o amigo para tocar bateria no grupo. Tognolli, que tinha perdido o pai e precisava sustentar a casa, disse ter recusado o convite. Seis messes depois, em 1985, a banda mudou de nome para RPM e estourou (seus dois primeiros discos venderam 2,5 milhões de cópias). Tognolli continuou no jornalismo e se tornou um repórter investigativo de renome.
 

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