COMO FAZER BOM USO DE PROMOÇÕS, PACOTES E OUTRAS BARBADAS PARA CURTIR UMA VIAGEM QUE CAIBA NO SEU ORÇAMENTO
Viajar
talvez seja a atividade de lazer com mais simpatizantes no mundo, praticamente
uma unanimidade! E convenhamos, além da diversão, é também um hábito edificante,
capaz de fazer do viajante um
indivíduo de mente mais aberta, um verdadeiro crescimento pessoal. Apesar de
todos esses atrativos, muita gente acaba não concretizando seus projetos por
motivos diversos, sendo que as questões econômicas quase sempre estão lá, no
topo de todos os obstáculos. Viajar custa
dinheiro, é claro. Mas precisa custar tão caro a ponto de tornar proibitiva a
realização de um sonho? Pois lhes digo que não. Mesmo as grandes viagens
internacionais podem
ser realizadas sem necessidade de investimentos exorbitantes, desde que sejam
observados pequenos – mas importantes detalhes. Leia as dicas a
seguir e conheça alguns hábitos capazes de baratear consideravelmente
uma viagem,
sem comprometer sua qualidade. No fim das contas, talvez a coisa não seja assim
tão inacessível como você possa estar imaginando.
Hospedagem
1 - Esta é uma das maiores
despesas de qualquer viagem, portanto, não gastar mais do que o necessário com
hospedagem pode fazer uma grande diferença no seu custo total.
Comece definindo suas prioridades: afinal de contas, você está viajando para
conhecer os lugares ou os seus hotéis? Então, que importa se as
coisas parecem meio enjambradas ou se a decoração é de gosto duvidoso? O lugar é
limpo e bem localizado? A cama desempenha bem a sua função?
Então caia dentro!
2 - Prefira os
albergues aos hotéis. Calma lá, sem pânico, não me refiro aos
albergues da prefeitura que recolhem mendigos e lhes oferecem cama e sopa
quente, mas sim aos albergues para viajantes (internacionalmente conhecidos como
hostels). Além de normalmente serem mais baratos que os
hotéis, por estarem mais direcionados ao público mochileiro
costumam possuir também uma atmosfera mais descontraída, com possibilidade de
interação com viajantes do mundo inteiro. E se dormitório e banheiro
compartilhados estiverem fora de cogitação, muitos albergues dispõe ainda de
alguns quartos com banheiros privativos, verdadeiras suítes de hotel.
3 - Invista um pouco do seu
tempo e pesquise algumas opções de hospedagem antes de iniciar a viagem, fazendo
reservas ou pelo menos tomando nota das melhores opções. Usando
sites como o hostelworld.com você consegue facilmente
reservar um local BBB (bom, bonito e barato) e não arrisca acabar tendo que
dormir em um lugar pior e mais caro só porque a melhor opção estava lotada ou
simplesmente porque você não tomou conhecimento da existência
dela.
Passagens Aéreas e Terrestres
4 - A compra de
passagens
aéreas é
outro ponto que merece sua dedicação, já que um bom planejamento aqui pode lhe
poupar várias centenas de reais. Planeje seus trechos e tente comprar as
passagens com meses de antecedência. Isso lhe dará tempo para acompanhar
promoções
de passagens aéreas e tentar usar seus
pontos/milhas de uma forma bem
interessante. Eu, por exemplo, voei de Porto Alegre para a Amazônia utilizando
uma promoção de fidelidade da companhia aérea.
Resultado: paguei só a taxa de embarque e cruzei o país de cabo a rabo, ida e
volta, por módicos R$ 35.
5 - Comece e termine a
viagem na mesma cidade, preferencialmente a capital do estado ou do país, porque
o preço das passagens aéreas costuma variar de aeroporto para aeroporto. Faça
simulações em sites como o decolar.com e veja qual deles oferece a opção de
passagem mais barata e em quais dias da semana. Além do mais,
selecionar um único destino e comprar bilhetes de ida e volta é
sempre mais barato do que voar para múltiplos
destinos.
6 - Em terra, avalie a
possibilidade de viajar dormindo. Esta opção é especialmente interessante para
aqueles trechos longos e desinteressantes e também se você é daqueles que têm
facilidade para dormir em ônibus. Se este não for o seu caso,
pule essa dica porque seria uma economia porca. Afinal, de nada adianta
economizar na hospedagem e depois não conseguir aproveitar o dia seguinte por
estar cansado.
7 - Se estiver viajando em
pequenos grupos considere seriamente alugar um carro. Além da
liberdade impagável de parar quando e onde quiser, não ficar preso a agendas ou
itinerários de ônibus, ou ficar se preocupando com
disponibilidade de passagens, com mais pessoas dividindo os custos é muito
provável que andar de carro próprio saia até mais barato do que de ônibus ou
trem.
8 - Use o sistema de
transporte público das cidades: busão, bonde, metrô, lotação ou
qualquer coisa equivalente. Deixe o taxi para as situações de
maior necessidade, como por questões de segurança ou se não lhe agradar a ideia
de pegar um ônibus lotado carregando uma mochila de 20 quilos nas costas.
Restaurantes e Alimentação
9 - Coma nos lugares que os
nativos frequentam. Além de tornar a viagem mais rica e gratificante, a
probabilidade de pagar um preço justo é muito maior.
10 - Não tenha preconceitos
com lugares mais simples (eu disse simples, não fuleiros). É um erro achar que
os melhores jantares são servidos em restaurantes chiques.
Muitas vezes lugares modestos são até mais autênticos e preservam melhor a
identidade culinária local. Consequentemente, acabam resultando em uma
experiência gastronômica mais
gratificante.
11 - Frequente também os
supermercados, não apenas os restaurantes. A maioria dos albergues (viu só,
outro ponto a favor deles) geralmente disponibiliza cozinha totalmente equipada
para ser utilizada pelos hóspedes.
Atrações, Passeios e
Visitas
12 - Avalie criteriosamente
o custo benefício desses “pacotões” de múltiplos dias montados por
agências de turismo. Não que eles sejam uma má escolha, mas
cabe verificar se o serviço vale o que estão te cobrando. Observe o detalhamento
de tudo que está incluído: ingressos, transportes, hospedagens, refeições etc e
tente calcular quanto você pagaria se fizesse as mesmas coisas de forma
independente. Em muitos casos é até mais interessante e
gratificante fazer os passeios por conta própria, você acaba se
livrando de algumas “mesmices”. Por outro lado, para determinadas atividades
pode ser mais vantajoso ou até mesmo obrigatório a contratação dos tais
pacotes, especialmente em locais de difícil acesso ou que
requeiram equipamentos especiais. E claro, há quem prefira simplesmente pagar
para não ter o trabalho de planejar o passeio, aí é mera questão de gosto
pessoal.
13 - Observe que algumas
atrações costumam ter dias da semana com entrada gratuita. Se
assim for, procure planejar suas atividades de forma a tirar proveito disso.
Nesse sentido, uma ótima fonte de informação são os guias de
viagem voltados ao público mochileiro (espécie humana
que sempre anda no vermelho), tais como o Lonely
Planet e O Viajante. Aliás, é
uma ótima ideia viajar com um deles na
bagagem.
Compras
14 - Eu sei que isso vai partir o seu coração, mas evite as compras! Pense comigo: se começar a comprar um monte de coisas das quais não precisa só por que são mais baratas do que onde você mora, no fim das contas vai a acabar gastando mais ao invés de economizar, pois se estivesse em casa você simplesmente não as compraria. Ok, um ou outro souvenir para a estante da sua sala tá valendo.
A Melhor Época para Viajar
15 - Informe-se sobre os
meses de baixa temporada de cada lugar e veja se consegue
visitá-los nessas épocas. Além de ter menos gente “disputando” as atrações mais
populares, normalmente se consegue pagar menos pela maioria dos serviços
relacionados ao turismo – é a tal da lei da oferta e da
procura. Uma ressalva importante: leve também em consideração as condições
meteorológicas da época escolhida, pois pouco adianta gastar menos e não
aproveitar os passeios simplesmente porque choveu todos os dias da viagem. Nesse
sentido uma boa fonte de pesquisa e planejamento é o site weather.com que
além da previsão do tempo, disponibiliza as médias e registros de chuvas mês a
mês para cidades do mundo todo.
CONCLUSÃO
Não existe almoço grátis e
viajar custa dinheiro sim, mas uma grande viagem internacional pode muito bem
vir a custar menos do que você talvez esteja imaginando. Direcionar de maneira
eficiente seus recursos financeiros, além de possibilitar que você vá mais longe
e veja mais coisas, ainda o fará voltar para casa com a sensação de ter
realizado um bom investimento.
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