Uma empresa britânica de pequeno porte balançou o mundo ao divulgar, em uma conferência de engenharia, o procedimento capaz de produzir petróleo apenas com substâncias retiradas do ar. Seria, enfim, uma alternativa realmente limpa e eficaz para a matriz energética mundial? A primeira reação da comunidade científica e tecnológica foi ceticismo, afinal, seria "bom demais para ser verdade". Mas o processo despertou grande interesse e não foi posto em xeque.
Resumidamente, a transformação funciona da seguinte forma: o dióxido de
carbono (ou gás carbônico) é retirado do ar por meio de um filtro de hidróxido
de sódio; em seguida, obtém-se hidrogênio do vapor d´água capturado do ar;
então, o dióxido de carbono e o hidrogênio dão origem ao metanol, o qual
finalmente passa por um reator; o resultado é petróleo.
A Air
Fuel Synthesis construiu um protótipo e já foi capaz de obter 5 litros de
petróleo. A estimativa é de que poderá produzir uma tonelada por dia em 2 anos,
e se tornará uma refinaria completa no prazo de 15 anos.
Uma pergunta bastante pertinente surge junto com este tipo de invenção:
será que o saldo energético valerá? A energia obtida com o petróleo e os
impactos ambientais compensarão a energia elétrica gasta com o processo? Ainda é
cedo para tirar estas conclusões, mas pode-se inferir que este é um novo tipo de
energia limpa. Afinal, o petróleo continuará contribuindo para o lançamento de
CO2 na atmosfera, mas o próprio gás carbônico terá sido capturado no início do
processo, zerando o saldo. Sobre a questão da energia elétrica envolvida,
pode-se combinar outros tipo de fontes limpas e renováveis, o que torna tudo
isso bastante promissor.
Seria ingenuidade dizer que esta é a solução de tudo, mas estupidez negar,
tão cedo, o potencial envolvido.
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