Muitas pessoas têm problemas de memória e não se preocupam com isso, acreditam que seja algo normal. Naturalmente, o ser humano esquece 90% do que aprende, mas quando os “brancos” se tornam frequentes é sinal de que é preciso rever rotinas. Com exceção de lesões e doenças degenerativas, como o Alzheimer, a memória é prejudicada por estresse, depressão, sono insuficiente, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, pressão arterial alta e uso de medicamentos.
Em condições como essas, ocorrem falhas na memória porque as sinapses, conexões entre os neurônios, ficam inibidas, alteradas ou em número reduzido, explica o pesquisador Iván Izquierdo, coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
A perda fisiológica de neurônios é algo que todos experimentam naturalmente ao longo da vida. Mas maus hábitos cotidianos aceleram ou potencializam esse efeito. O estresse é capaz de ativar uma enzima no cérebro, a quinase protéica C, que prejudica a memória de curto prazo e outras funções no córtex pré-frontal, área do cérebro envolvida em decisões, comprovou uma pesquisa da Escola Média de Yale, nos Estados Unidos.
Para esquecer menos, a pesquisadora Ana Alvarez, autora do livro Deu Branco, sugere disciplina, treino e relaxamento. Segundo ela, grande parte dos lapsos de memória é fruto de desatenção. Por isso, incluir na rotina o uso de agenda e organizar objetos de maneira lógica previne esquecimentos. Outro bom artifício é exercitar o cérebro com coisas que exijam concentração, como mudar o trajeto habitual para o trabalho ou ler um bom livro.
Faça uso de agenda e anote os compromissos diários de forma organizada.
Guarde objetos sempre no mesmo lugar, de acordo com função e categoria.
Para gravar números, faça associações verbais, como a data de aniversário, casamento etc.
Evite fumo, drogas e álcool, que podem lesar partes do cérebro envolvidas no processo de memória.
Pratique exercícios físicos. A atividade melhora a circulação sanguínea e, com isso, o cérebro fica mais irrigado e oxigenado.
Durma bem. Uma boa noite de sono deixa o cérebro alerta, assim como a memória.
TESTE: COMO ANDA SUA MEMÓRIA?
Assinale em cada questão:
S: Sempre
CF: Com frequência
AV: Às vezes
R: Raramente
S: Sempre
CF: Com frequência
AV: Às vezes
R: Raramente
Você esquece-se de...
1. Encontros marcados?
2. Pagar prestação na data certa?
3. Dar recados?
4. Tarefas assumidas há muito tempo?
5. Apagar a chama do fogão?
6. Aniversários de parentes?
7. Nomes de pessoas conhecidas ou de famosos?
8. Nomes de ruas?
9. Fatos recentes, como o que comeu no café da manhã?
10. Onde guardou os óculos ou a carteira?
É comum...
1. Chegar a um lugar e não saber o que deve fazer?
2. Ir ao supermercado e não lembrar o que ia comprar?
3. Repetir uma história ou uma piada?
4. Ter uma palavra na ponta da língua e não lembrar?
5. Esquecer o que estava falando no meio da conversa?
6. Pular detalhes importantes tornando a narrativa sem sentido?
Tem dificuldade para...
1. Aprender coisas novas, como regras de um jogo ou instruções de uso de um aparelho ou Internet?
2. Encontrar o caminho para ir a lugares desconhecidos?
3. Mudar caminhos habituais quando há trânsito ou desvios?
4. Retomar o que estava fazendo antes de ser interrompida?
5. Planejar os afazeres do dia, deixando tempo suficiente para tudo?
6. Entender os manuais de eletrodomésticos?
Se você respondeu:
Com frequência mais de 12 vezes: está na hora de começar a fazer exercícios para corpo e mente.
Sempre pelo menos 18 vezes: é preciso buscar ajuda de um especialista.
Raramente mais de 12 vezes: sua memória está bem.
Às vezes em até 11 questões: as falhas de memória podem provavelmente ser temporárias.
1 comentários:
às vezes em 13 questões o.O
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