Tenho um monte de contas de poupança e cada uma delas tem um propósito diferente.
Tenho o fundo de emergência para o caso de não tiver mais renda. Temos o nosso fundo esponja para suavizar nossa renda irregular. Há também uma conta poupança onde fazemos pagamentos do carro para nós mesmos; com comprarmos carros novos à vista. E há uma outra conta poupança onde colocamos a renda do aluguel para pagar a manutenção necessária. Há também um para férias. E um para cada uma das crianças.
Por quê? Normalmente gosto de manter as coisas simples e não é fácil controlar várias contas. Seria mais fácil ter apenas uma conta só para todas as nossas economias e ir retirando quando necessário. Sim, seria mais fácil, mas seria melhor?
A razão pelo qual sou a favor de contas separadas de poupança é porque isso mantém os saldos individuais baixos. É uma coisa psicológica. Se eu checar o saldo da conta e ver que tenho, digamos, R$ 1.000 em poupança, me sentiria bem. Poderia me sentir induzido a dizer a mim mesmo que não haveria problema em gastar um pouco mais nas férias deste ano. Ou talvez obter um plano melhor de TV a cabo ou um plano de telefone celular mais generoso.
Não me sentiria incentivado a poupar mais. Iria ver todos aqueles zeros e me sentiria satisfeito. Ira esquecer para o que estavamos poupando. Iria sustentar minha família se eu perdesse o emprego. Iria comprar dois carros novos e nos levar de férias. Iria cobrir todas as despesas com a casa alugada.
Por isso resolvi dividi-lo em várias contas pequenas. Agora, quando eu puxo o saldo delas, não vejo um saldo grande; vejo vários saldos pequenos. Nenhum deles grande o suficiente para fornecer aquilo que ele deveria fornecer. Isso não é suficiente para comprar um carro novo, preciso salvar mais! Isso não é suficiente para nos cobrir se eu perder o emprego; preciso poupar mais! Isso não é suficiente para férias, é melhor arrumar um pouco mais.
Você vê? Saldos pequenos motivam poupar de uma maneira que os saldos grandes não permitem.
0 comentários:
Enviar um comentário