quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Onde vai gastar mais e onde vai conseguir poupar em 2015


Dos combustíveis à electricidade e às rendas das casas, o que esperar dos preços no ano que agora começa.
Pão não aumenta
Não há casa portuguesa sem pão e no próximo ano os preços devem manter-se estáveis. A Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) já veio dizer que não estão reunidas “as condições de estímulo ao consumo privado” que permitam aos industriais subir os preços. “A panificação tem resistido à crise, talvez reduzindo as suas margens, mas manteve os clientes”, disse à Lusa, Francisco Silva, presidente da ACIP. Os valores vão variar consoante o local e o tipo de produto. Uma carcaça, por exemplo, pode custar entre os dez e os 17 cêntimos. Ana Rute Silva
Bebidas alcoólicas mais taxadas
As bebidas alcoólicas vão ficar mais caras no próximo ano à conta da subida do imposto sobre estes produtos (IABA), previsto no Orçamento de Estado de 2015. No caso da cerveja, consoante o seu grau alcoólico, o aumento do imposto varia entre 2,9% a 3%. Estão aqui incluídas as marcas mais vendidas no mercado, como a Super Bock e a Sagres. Também as bebidas espirituosas vão sofrer acréscimos de 3%, passando a pagar 1289,27 euros por hectolitro no próximo ano. O mesmo acontece com o vinho do porto ou as aguardentes vínicas, cujo agravamento é de 0,7%. A.R.S.
Leite é uma incógnita
Se o leite vai ser mais caro ou mais barato em 2015 ainda é uma incógnita. Paulo Leite, director-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, diz que o preço está sob pressão em todo o mundo, reflexo dos excedentes de produção e de problemas políticos como o embargo russo, que afectou o mercado. “O que é um facto é que a indústria tem estado a trabalhar ao longo dos últimos anos com margens bastante reduzidas”, comenta. Quanto ao queijo, não se antecipam grandes oscilações, até porque os preços actuais “estão no mesmo nível de há 20 anos”. A.R.S.
Preços dos cigarros electrónicos disparam
O Governo não mexeu no imposto sobre o tabaco mais comum mas decidiu taxar outras formas de consumir tabaco, nomeadamente os recentes cigarros electrónicos. Em Janeiro, um produto destes em vez dos actuais 2,5 euros, passa a custar 8,5 euros, por exemplo. Foi introduzida uma tributação sobre o líquido que contém nicotina e a taxa será de 60 cêntimos por mililitro. Esperam-se ainda aumentos nos preços dos charutos, cigarrilhas, tabaco de enrolar (além dos menos usuais rapé, tabaco de mascar e tabaco aquecido). A.R.S.
Sacos de plásticos cobrados no comércio
No comércio todos os sacos de plástico leves vão passar a custar oito cêntimos, valor a que se junta o IVA a 23%. Contas feitas, são dez cêntimos que os consumidores terão de desembolsar já em Janeiro. O imposto será pago ao Estado pelos produtores e importadores deste produto, mas na prática será consumidor a assumir este custo, que estará discriminado na factura da compra. Esta foi uma das medidas incluídas na lei da verde e abrange os sacos biodegradáveis. De fora, ficam todos os que entram em contacto com alimentos, incluindo o gelo. Nos casos em que a loja já cobra pelos sacos, junta-se a esse valor os dez cêntimos. Haverá, por isso, casos em que o saco pode passar a custar 12 ou 13 cêntimos. Isto se o comerciante não assumir o custo do saco e cobrar apenas a taxa. A.R.S.
Taxas moderadoras e medicamentos mais baratos
Em 2015, os medicamentos prescritos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e comparticipados pelo Estado vão ver o seu preço baixar. O valor dos fármacos é estipulado através de uma metodologia de comparação com os preços praticados noutros países seleccionados da União Europeia e que são revistos anualmente. Portugal vai passar a comparar-se com Espanha, França e Eslovénia - que pelos preços inferiores vão influenciar valores portugueses. Ao todo o Estado deverá poupar 15 milhões de euros. Ao mesmo tempo os utentes também vão pagar taxas moderadoras inferiores nos hospitais, mas a redução será apenas na ordem dos cinco cêntimos. No caso dos centros de saúde o valor vai ficar igual a 2014. Romana Borja-Santos
Casas com valores mais estáveis
O preço das casas caiu em cerca de 20%, desde 2008, e isso apesar de em Portugal a crise não ter sido antecedida de uma bolha imobiliária, como sucedeu em Espanha, Irlanda ou Reino Unido. Desde finais de 2013, e de acordo com o Índice Confidencial Imobiliário (CI), os preços começaram a estabilizar. Em algumas zonas, subiram, mesmo que ligeiramente. Assim, em termos gerais, a perspectiva é de estabilização, refere Ricardo Guimarães, director da CI, que salvaguarda, no entanto, que há mercados onde o ritmo de investimento é muito elevado, como nos centros de Lisboa e do Porto. Nestes caso, defende, a expectativa é claramente positiva, em especial por a procura ser mais diversificava, envolvendo os regimes dos “vistos gold” e dos residentes não-habituais, e por serem os maiores polos da reabilitação urbana, mercados onde reside o maior potencial de criação de valor. Rosa Soares
Fonte: Publico

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