segunda-feira, 30 de julho de 2012

Fatos da história que marcaram as Olimpíadas

Disputados pela primeira vez em 776 a.C., os Jogos Olímpicos foram criados pelos gregos em homenagem a Zeus, Apolo, Afrodite e aos outros deuses cultuados na Grécia Antiga. O nome vem da cidade onde eles aconteciam, Olímpia, varrida do mapa no século VI por um terremoto. Mas, quando Olímpia veio abaixo, os Jogos já haviam acabado já que, em 393 d.C., o Imperador romano Teodósio I alegou que se tratava de um evento pagão e pôs fim à festa.
Já os jogos da Era Moderna são disputados desde 1896. Em 2012, a 30ª edição acontece em Londres. Disso você também já sabe. Mas talvez ainda não tenha parado para pensar em como guerras e questões políticas mudaram os rumos dos jogos.
1. Independência da Finlândia (1912)
O finlandês Hannes Kolehmainen, atleta dos 5 mil, 10 mil metros e do cross-country, foi medalha de ouro em 1912. Quando subiu no pódio, fez um gesto polêmico ao ver a bandeira da Rússia ser hasteada. É que, na época, a Rússia incorporava a Finlândia. “Preferia ter perdido a ver aquela bandeira no alto”, ele teria dito. A vitória e a polêmica reforçaram o movimento nacionalista que culminaria com a independência da Finlândia.
2. Primeira Guerra Mundial (1916 e 1920)
A guerra altera o calendário Olímpico. Em 1916, os Jogos, que seriam realizados em Berlim (Alemanha), são adiados por conta do conflito. A edição seguinte, em Antuérpia (Bélgica), não foi cancelada, mas os países derrotados na guerra não foram convidados: Áustria, Alemanha, Bulgária, Hungria e Turquia. Aproximadamente 2500 atletas competiram e, desses, cerca de um terço havia estado no front anos antes.
3. Hitler e a Segunda Guerra Mundial (1936)
Os Jogos foram realizados em Berlim, na Alemanha e, ao que parece, os desentendimentos políticos invadiram o pódio. Há um mito de que Adolf Hitler teria se recusado a cumprimentar o atleta americano Jesse Owens, ouro no salto a distância. O episódio se repetiria quando Cornelius Johnson, atleta negro, venceu o salto em altura e o chanceler nazista se retirou antes da premiação. Os incidentes teriam resultado em uma advertência do führer pelo Comitê Olímpico Internacional.
4. Alemanhas unidas (1960)
As Olimpíadas aconteceram em Roma e o Papa teve o privilégio de poder assistir a alguns jogos da janela de sua residência. Em tempos de Guerra Fria, a Alemanha estava divida. Os Jogos Olímpicos de 1960 as uniu (mesmo que por um breve período), já que as nações decidiram competir juntas. A bandeira que as representava era a dos cinco anéis Olímpicos e seus hinos foram substituídos pela música Ode à Alegria, parte da 9ª sinfonia de Beethoven.
Mas a história não acaba aí. O clima de tensão invadiu a luta greco-romana entre o soviético Avtandi Koridze e o búlgaro Dimitro Stoianov. Koridze falou algumas palavras no ouvido do búlgaro e o derrotou em seguida. Era uma ameaça usando o Partido Comunista. Koridze não foi desclassificado e levou a medalha de ouro.
7. A China e a independência do Tibete (2008)
Na última edição dos Jogos, realizados em Pequim, a região do Tibete, ao sul da China, ficou em destaque. Pegando carona na divulgação trazida pelo evento, monges e simpatizantes protestaram, pedindo a independência da região do Tibete. A China repreendeu o movimento com violência, atitude que rendeu ameaças (não cumpridas) de boicotes econômicos.

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