segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Banco central estimula a inflação?


Ao contrário do que diz o senso comum, a inflação não é um aumento de preços. A elevação dos valores é apenas uma consequência. A inflação é na verdade um aumento da base monetária sem lastro em riqueza. Ou seja, quando se expande o montante de dinheiro na economia, sem que isso tenha como base um aumento na produtividade.
Mas por que os preços sobem? Antes de tentar responder a essa pergunta, gostaria de deixar claro que não sou economista, sou um jornalista que se interessa pelo assunto. Voltando ao questionamento, os produtos ficam mais caros, porque o excesso de moeda corrói o poder de compra. É a lei da oferta e da procura. Se um bem passa a existir em abundância, o seu valor decai.
Logo, quanto mais moeda sem lastro em bens reais, menos poder de compra terá seu dinheiro. Dessa forma, como o dinheiro passa a valer menos, um comerciante precisará de mais capital para se sustentar, logo ele terá que aumentar os preços dos seus produtos. Perceba que a elevação não acontece do nada. Ela é desencadeada por um processo anterior, que é o aumento artificial da oferta monetária, também conhecido como inflação.
Mas quem aumenta a oferta de dinheiro? Na maioria dos países, inclusive no Brasil, o responsável pela impressão das notas é o Banco Central. Por isso, economistas da ala mais liberal afirmam que é o Estado que gera inflação, pois ele é o ente responsável pela oferta monetária. Logo, se há uma expansão que não está baseada na produtividade, a lógica aponta o BC como culpado.
Por que o Banco Central gera inflação? A mesma parcela de economistas liberais afirma que a inflação nada mais é do que uma forma de tributo. Ou seja, uma maneira do Estado financiar seus gastos. Aumentar impostos é uma medida antipopular, pois é muito evidente, não há como esconder.
Já a inflação possui efeito mais diluído e disfarçado. Dessa forma, o Banco Central imprime dinheiro para financiar o governo. O problema é que, a longo prazo, esse procedimento pode sair do controle e o paíspode cair em um período de hiperinflação, como aconteceu no Brasil nos anos 80 e 90.
Por conta da inflação, alguns políticos, como Ron Paul, defendem o fim dos Banco Centrais e do monopólio estatal sobre a impressão da moeda. O argumento é que se houver concorrência de moedas, os responsáveis pela impressão terão mais cuidado em não desvalorizar seu produto e vão evitar imprimir cédulas sem lastro.
Outra ala menos radical defende o retorno ao padrão-ouro, ou seja, o Banco Central só poderia imprimir dinheiro, se possuísse o mesmo montante em ouro lastreando a expansão.
Por fim, reforço que não sou um especialista, só acho essa visão bem lógica e quis compartilhar com os visitantes do blog. Se você discorda do exposto, vamos debater aqui na área de cometários.
Neste vídeo, Tio Patinhas explica como a expansão monetária sem base em riqueza real corrói o valor da moeda:

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