sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Poupar Não é Opcional

Por muitos anos tive como colega de trabalho uma mulher (que hoje tem, pelos meus cálculos, uns 40 anos) que era membro da nossa equipe dentro da firma. Ela foi e é uma mulher muito capaz, agradável, cujo trabalho era muito bom.
Depois ela se mudou uma empresa muito maior e trabalhou nela com sucesso há oito anos. Mais uma vez, ela era competente e muito admirada pelos colegas e pela firma.
Então aconteceu. Sem nenhum sinal prévio ou presságio, ela foi demitida sem razão nenhuma. Sem mais nem menos. Recebeu o equivalente a dois meses de indemnização e foi mandada embora.
Ela ficou extremamente abatida. Talvez “aterrorizada” seja a melhor palavra para descrever a situação. Ela tinha poupança para cerca de três meses. Trabalhos na área de especialização dela são notoriamente difíceis de achar. Mesmo alguém tão talentosa como ela tem dificuldade para obter um trabalho estável como o que era o seu último emprego.
A situação se agravou. Ela tinha um cachorro grande. Para beneficiar o cachorro, ela comprou uma casa pelo qual mal podia pagar mesmo quando plenamente empregada. Agora, diante da possibilidade de um desemprego prolongado, ela não poderia pagar a casa. Considerou alugar uma casa menor, mas era difícil encontrar um que aceitasse animais. Ela adorava o cachorro da mesma maneira que os pais amam seus filhos. Ficou então literalmente sem saber o que fazer.
Aqui vai a lição. Enquanto minha amiga caiu teve má sorte, a verdade é que em nosso país cerca de metade das famílias que trabalham têm uma poupança equivalente a dois meses de gastos e nunca imaginam que podem perder sua fonte de renda. Fico maravilhado com as paisagens tão bonitas e ensolaradas que vejo quando cruzo o país em minhas viagens intermináveis. Mas em matéria de dinheiro é um país de gente imprudente e preguiçosa.
Este é um país onde se gastam as últimas poupanças para comprar TVs de tela plana grande ou viagens a Nova York, sempre na ilusão de que as coisas vão de alguma maneira dar certo no final – como em filmes.
O problema é que a vida não é filme. As coisas muitas vezes não funcionam como a gente gostaria. Este problema das coisas acabarem mal é especialmente cruel quando se trata de dinheiro. Há tanta gente “pré-disposta” a maus resultados financeiros que este número vai chegar a níveis de crise mais cedo do que se pensa.
É importante que você não se deixe ser incluído neste grupo. Para evitar isso, VOCÊ DEVE TER POUPANÇA.

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